PARTICIPAÇÃO DA ESCOLA BRASILEIRA DE ESPELEOLOGIA NO 36º CONGRESSO BRASILEIRO DE ESPELEOLOGIA

A comunidade espeleológica brasileira voltou a se reunir presencialmente no 36º Congresso Brasileiro de Espeleologia (CBE), o maior evento da espeleologia nacional, ocorrido entre os dias 20 e 23 de abril de 2022, na cidade de Brasília (DF), 21 anos após sua última realização na capital federal.

No dia 19 de abril, durante o período de pré-congresso, a eBRe esteve presente no Povoado de São João Evengelista, pertencente ao município de São Domingos (GO) e integrante da região do Parque Estadual de Terra Ronca (PETER), para a realização de atividades relacionadas à Introdução à Espeleologia junto a comunidade local, organizadas em parceria com o gestor do PETER e as secretarias municipais de Meio Ambiente e Turismo e de Educação dos municípios de Guarani de Goiás e São Domingos.

Durante a tarde, as crianças do povoado e dos municípios vizinhos interagiram com maquetes, banners e fotos sob a orientação de Mariana Timo e Carla Pereira, ambas membros da eBRe, trocando ideias sobre cavernas, animais e a região onde moram.

Ainda, foram distribuídos kits com uma pequena revistinha de colorir, adesivos, lápis de cor e um morcego de TNT. Esta revistinha é uma prévia de uma Cartilha Didática que está sendo elaborada pela eBRe, que pretende introduzir crianças e jovens ao mundo da Espeleologia.

Autoridades presentes: gestor do PeTER, secretários de Meio Ambiente dos municípios de São Domingos e Guarani de Goiás, secretária de Educação, diretora e professores da Escola Municipal de Guarani de Goiás, membros da eBRe.

A palestra planejada para o período noturno foi inviabilizada pela falta de energia elétrica na ocasião. Contudo, uma boa conversa informal com os guias locais sob a luz de lanternas embaixo da Árvore do Jatobá propiciou uma importante troca de ideias entre a comunidade local e a espeleológica sobre a importância e peculiaridades do patrimônio natural e cultural da região.

Foram momentos incríveis que evidenciaram a importância de se incentivar ações educativas junto as comunidades estabelecidas em regiões próximas a ocorrências do Patrimônio Espeleológico Brasileiro!

durante a realização do 36º CBE, entre os dias 20 e 23 de abril, a eBRe promoveu a realização de uma Feira Espeleológica no local do evento, o Centro Convenções Ulisses Guimarães (CCUG).

A mesma contou com a exposição de amostras de rochas e de espeleotemas reais e artificais, de réplicas de fósseis e de animais que habitam as cavernas e de equipamentos antigos, que os espeleólogos usavam no passado para conseguirem explorar cavernas.

Maquete e amostras de rochas e espeleotemas.

Além da interação com este acervo e seus monitores (Mariana Timo, Carla Pereira, Maria Elina Bichuette e Icaro Assis), os visitantes da Feira tiveram contato com os stands de trabalhos que estavam sendo apresentados no Congresso, possibilitando o diálogo com espeleólogos que compartilharam seus conhecimentos relacionados à formação das cavernas, à fauna subterrânea e a importância da preservação destes ecossistemas.

No segundo dia de evento, 21 de abril, sob a organização de Renata Momoli, a Feira recebeu a visita especial dos alunos do Serviço Social da Indústria de Goiás (SESI/GO). Os mesmos percorreram toda a exposição da Feira e stands montados, e, ainda, assistiram ao vídeo “Uma Viagem Sob o Horizonte”, produto de uma parceria entre a eBRe e o espeleofotógrafo espanhol Victor Ferrer.

Visita dos alunos do SESI/GO.

Foi ainda, com imensa alegria, que contamos com a apresentação do projeto “Cavernous: o uso de vídeos curtos como ferramenta de ensino” de Pedro Henrique Felix Abreu, aluno da Escola Estadual João Rodrigues da Silva de Prudente de Moraes (MG), um dos trabalhos premiados na Mostra Científica Regional – “CientizaR2021” com o credenciamento e apresentação de seu trabalho no 36° CBE!

Apresentação do projeto “Cavernours: o uso de vídeos curtos como ferramenta de ensino”.

Importante agradecer aos parceiros que contribuíram para a realização destas atividades: a Sociedade Excursionista e Espeleológica (SEE), pela disponibilização de maquetes, amostras e equipamentos históricos; o Museu de Geociências da UnB, que disponibilizou amostras de rochas e espeleotemas; o Instituto Brasileiro de Estudos Subterrâneos (IBES), que disponibilizou material de divulgação e réplicas de animais que vivem em cavernas; o Prof. Dr. Luiz Eduardo Panisset Travassos, por disponibilizar amostras de rochas e réplicas de fósseis; e o Opilião – Grupo de Estudos Espeleológicos (OGrEE), que disponibilizou fotografias representativas do ambiente subterrâneo para exposição.