Cursos de Formação Espeleológica

A formalização dos níveis de ensino propostos pela Escola Brasileira de Espeleologia (eBRe/SEFE/SBE) pretende:

  • A difusão de conhecimentos técnicos e científicos da área;
  • A instrução sobre as técnicas e regras de exploração e segurança na condução de atividades espeleológicas;
  • A orientação sobre os Deveres do Espeleólogo, para a ação coletiva e responsável pelo meio ambiente, pelo grupo e por si próprio;
  • A formação socioambiental de agentes para a divulgação da ciência e do patrimônio espeleológico em âmbito nacional.

Os cursos estruturados, passíveis de certificação e habilitação no âmbito da eBRe, exigem a organização mínima de: aulas teóricas e práticas, treinamentos e exames.

De uma maneira geral, a parte teórica é focada:

  • na aprendizagem de aspectos teóricos e práticos de exploração de cavernas e das regras de segurança e prevenção de acidentes na espeleologia;
  • na abordagem de aspectos técnico-científicos inerentes a atividade espeleológica.

Já a parte prática é constituída de uma visita a uma região cárstica e ao mínimo uma cavidade natural subterrânea, orientada para:

  • o reconhecimento e caracterização dos aspectos ambientais (físicos, bióticos, fragilidade, degradação…) e científico-culturais (geologia, biologia, paleontologia, arqueologia, história…) da área;
  • o treinamento de técnicas de progressão, de mínimo impacto e de segurança;
  • o treinamento de leitura de mapas, orientação em campo e levantamentos espeleotopográficos;
  • a documentação dos aspectos levantados em campo.

A avaliação da etapa prática é efetuada em campo, pela observação do comportamento (respeito, técnica, iniciativa e segurança) e da aprendizagem (interesse, aplicação e documentação) do aluno.

O exame teórico é documental sobre as matérias abordadas no curso.

O número máximo de alunos por curso é 20, que devem cumprir alguns pré-requisitos.

É exigida frequência integral dos participantes nos diversos componentes do curso, e há notas de corte para aprovação.

Cada curso habilita seus alunos certificados a execução de funções espeleológicas específicas.

Os instrutores dos cursos devem ter formação específica e nível de conhecimento compatível com a área das disciplinas ministradas e com o nível formativo do curso. Nas atividades práticas, sempre deve haver um espeleólogo monitor/instrutor para cada 5 alunos.

Todos os participantes devem ter acesso aos equipamentos individuais de segurança obrigatórios:

  • Capacete que não tenha aba, apresente três pontos de fixação, com fivela que assegure o fechamento e iluminação acoplada ao capacete;
  • Lanterna reserva com baterias extras;
  • Vestimenta adaptada às condições de temperatura, umidade e abrasão da caverna;
  • Calçado fechado adequado com sola antiderrapante;
  • Cinto de espeleologia (desejável).